Pai João de Angola

Em uma de suas encarnações anteriores ele foi Francisco Jiménez de Cisneros. Mais conhecido como Cardeal Cisneros, foi um cardeal, arcebispo de Toledo. Pertencente à Ordem Franciscana, foi o terceiro Inquisidor Geral de Castela, e regente da mesma até a morte de Fernando, o Católico. Quando da morte de Filipe I de Espanha, presidiu também o Conselho Real, que assumiu funções de Regência, sem consentimento da Rainha Joana, até a chegada de Fernando, o Católico. Foi o fundador da Universidade de Alcalá

• 1436, nasce Gonzalo Jiménez de Cisneiros, em Torrelaguna, Toledo, na Espanha, filho de Alfonso Jiménez e María de la Torre.
• 1456, é graduado em bacharel em Direito pela Universidade de Salamanca.
• 1459, vai para Roma, onde é ordenado sacerdote.
• 1465, retorna para a Espanha.
• 1478, já aparece como capelão-maior da Catedral de Siguenza.
• 1484, ingressa na Ordem dos Franciscanos, nesta época substitui o nome de Gonçalo pelo de Francisco e honra a São Francisco de Assis. Fechou-se no convento da Salceda e durante sete anos levou vida de monge.
• 1492, a Rainha Isabel, a Católica, o escolhe como seu confessor, por conselho do arcebispo de Toledo, o Cardeal Pedro Gonzáles de Mendoza, primeiro protetor de Cisneros.
• 1495, é nomeado Arcebispo de Toledo e, consequentemente, Primaz da Igreja Católica na Espanha.
• 1499, funda a Universidade Alcalá de Henares, em Toledo, Espanha – a primeira universidade renascentista, moderada, humanista e universal.
• 1506, assume a regência do governo espanhol.
• 1507, é nomeado Cardeal e Grande Inquisidor.
• 1508, é aberta a Universidade Alcalá de Henares, também conhecida como Universidade Complutense de Madri.
• 1509, coordena uma expedição vitoriosa de conquista na África.
• 1515, prepara a publicação da primeira Bíblia poliglota em hebraico, latim, grego e aramaico.
• 1516, assume novamente a regência do governo espanhol.
• 1517, desencarna em 8 de novembro, aos 81 anos, no Monastério de Roa, Burgos.

Depois dessa reencarnação e outras mais, temos informações de que ele reencarnou com escravo no Brasil Colonial, existência na qual realizou sua redenção espiritual em função dos sofrimentos que aceitou com resignação e serenidade, guardando com muito carrinho a figura de um preto-velho e o nome João que tinha nessa existência e lhe foi dado pelos seus senhores que recebia o acréscimo de seu país de origem: Angola. Por isso ele hoje se apresenta como Pai João de Angola, na figura de um preto-velho muito sábio e amoroso. Mas sabemos que ele se apresenta dessa forma para quebrar preconceitos e mostrar que ser sábio não se restringe ao corpo que o espírito usa para se expressar.

Posteriormente, reencarnou como Cícero dos Santos da Silva Pereira. Professor, atuava com tanta dedicação e humildade que ficou conhecido carinhosamente como Professor Cícero Pereira. Entre as inúmeras atividades que exerceu, foi Presidente da União Espírita Mineira em 1937.

• 1881, nasce, em 11 de novembro, Cícero dos Santos da Silva Pereira, em São José do Gorotuba, distrito de Grão Mogol, em Minas Gerais, filho de Ludovica e Manuel José Pereira da Silva.
• 1894, transfere-se para Montes Claros e começa a se dedicar ao espiritismo.
• 1903, casa-se, em 5 de março, com Guiomar Lelis, mas não tiveram filhos.
• 1909, retorna para São José do Gorotuba.
• 1920, volta para Montes Claros.
• 1927, transfere-se para Belo Horizonte.
• 1935, torna-se prefeito de Grão Mogol.
• 1937, torna-se presidente da União Espírita Mineira.
• 1948, em 4 de novembro, às 6 horas, em Belo Horizonte, desencarna deixando um legado de exemplo, de profundo amor ao trabalho, à família, aos amigos e ao espiritismo.
• Exerceu a função de guarda-livros, taquígrafo, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, poliglota e esperantista.
• Começou seus estudos na Escola Normal de Montes Claros onde foi professor e Diretor.
• Foi professor de matemática, em Belo Horizonte.
• Como jornalista, colaborou em jornais locais, tendo fundado o jornal O Tempo.
• Fundador do grupo Paz e Caridade, em Montes Claros, e do Abrigo Jesus.
• Fundador de vários grupos de estudos e de trabalho, inclusive o Núcleo de Trabalhadores.
• Fundador da primeira Casa Transitória para assistência de doentes em trânsito em Belo Horizonte, entidade que, hoje, cuida da proteção à mãe-solteira e aos recém-nascidos pobres.
• Fundador do Grupo das Samaritanas, de Assistência Social.

Era portador de tanta humildade que não se julgava digno de andar em qualquer condução. Nem de bonde. Sempre a pé, atravessava a cidade com seu inconfundível guarda-chuva, gastando a sola dos sapatos. Morava longe, no Bonfim, (em Belo Horizonte), perto do cemitério…” (Trecho retirado do livro psicografado por Francisco Cândido Xavier, páginas 34 e 35)

“Achava-me me grandes dificuldades no desdobramento de minhas atividades mediúnicas, após a publicação do Parnaso de além-túmulo, em 1932, e precisava ouvir um companheiro que me auxiliasse nos esclarecimentos de que necessitava. Nosso caro Professor; não só me recebeu com imensa bondade, como também me franqueou a própria moradia, onde, por muitas vezes, tive o privilégio de ouvi-lo, tanto quanto à sua querida esposa D.Guiomar, sobre os mais variados problemas da vida, com o que ambos me fortaleceram a fé no estímulo ao trabalho de que foram exemplos vivos em nosso mundo.” (Depoimento Francisco Cândido Xavier).