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regeneração se ama

Regeneração: ato diário de quem muito se ama

REGENERAÇÃO: ATO DIÁRIO DE QUEM MUITO SE AMA

Percebo que todos os dias podemos nos dar mais uma oportunidade de irmos além de nossa própria concepção sobre nós mesmos. Todos os dias podemos nos dar mais uma chance para irmos além dos nossos sonhos mais secretos. Todos os dias acordamos e podemos escolher o que faremos de melhor. Este é o ato mais profundo de amor pela nossa própria regeneração.

 

ESCOLHER NOS REGENERAR

Esse verbo é fantástico! Ele significa tudo o que Deus deseja de nós.

Quando o usamos na concepção de aplicá-lo em nós, significa: nos gerar ou nos produzir novamente; formarmo-nos de novo; darmo-nos nova vida, nos revivificarmos.

Para tanto, precisamos nos enxergar como engenheiros de nossas vivências, responsáveis por nossos caminhos, porque senão, não há como agirmos em nossa regeneração.

Observem o nosso planeta: ele está em plena fase de regeneração. Está agindo e reagindo para que o equilíbrio se restabeleça, porque muito já foi e ainda está sendo feito de errado em seu ventre. Agora, como um ato de amor, toda a natureza está agindo para que o planeta se revivifique, mesmo que para isso venham as tormentas que parecem bagunçar tudo, mas que ao final somente estão promovendo o futuro equilíbrio de todo o ecossistema.

 

TORMENTAS REGENERATIVAS

Se, na natureza, que tudo segue um padrão dinâmico e estável, as ferramentas utilizadas podem ser abrutalhadas (tempestades, maremotos, terremotos…) para se voltar ao equilíbrio, como seria em nós que, na menor dificuldade, lutamos contra as correntezas sábias da vida?

Quantas vezes, acordamos não aceitando o que estamos vivendo, sem percebermos o quanto cada experiência está nos levando a uma maturidade e enriquecimento de alma que nos alçarão para mais além de nossas próprias dores temporárias desta vida encarnada?

 

MAS NÃO É FÁCIL

Sei que não é fácil. Estou no mesmo barco que todos.

Se, em minha vivência, vier as tempestades que todos temem, eu também naufragarei em muitas delas. Mas o que tenho como proposta de vida é, posso naufragar, mas não me deixarei afogar. Posso perder o barco; ele pode até se estraçalhar nas pedras, mas eu lutarei até o último ar que tiver em meus pulmões para que eu não me afogue em meus sofrimentos desenfreados.

As tempestades vêm, mas a bonança que estava antes voltará logo depois delas.

 

CERTEZA DO AMOR DE DEUS

Acreditar nisso é treinarmos a nossa confiança no Pai de que tudo poderá ser muito difícil, mas nada será impossível para um filho Dele.

Todas as experiências são enriquecedoras, mas, além de dolorosas, elas podem ser muito felizes. Isso já é algo a considerar.

Na nossa regeneração diária, vivenciaremos momentos árduos, penosos, mas outros serão de plenitude conosco e com Deus.

Se pararmos de dar atenção somente às circunstâncias que nos incomodam, valorizemos todas as oportunidades que vêm com elas, onde ao enfrentarmos as tormentas, entenderemos que, por vezes, sairemos delas sem um arranhão, mas em outras não conseguiremos superá-las e naufragaremos. A certeza do amor do Pai por nós é que, sobreviveremos a cada prova e sairemos mais experientes para novas oportunidades edificantes.

Assim, valorizando cada experiência nossa, enxergaremos e nos agarraremos aos detritos de nosso barco despedaçado e flutuaremos para longe do temporal.

Já pararam para pensar que muitos dos sobreviventes são aqueles que se agarram a algo que caiu de seu barco? Aqueles que não estão prestando atenção, verão o seu barco ir para longe sem se esforçarem para resgatá-lo e, se sentirão afogar pelo cansaço de se manter flutuando nas ondas altas e fortes do oceano.

Assim, precisamos estar atentos, para termos olhos de ver e ouvidos de ouvir, e compreendermos que as tábuas de salvação vieram de nós em nossas próprias tempestades.

 

MAS, POR QUE TEMOS DE ENFRENTAR TAIS TEMPORAIS?

Ora, se vivemos em meio a uma tormenta, quem nos colocou lá? Quem resolveu sair com o barco, sem se precaver e buscar saber como estaria as condições climáticas?

Tá bom, tá bom! Não somos marinheiros, nem precisamos saber as condições meteorológicas para evitar sair de casa e não passar aperto. Será?

Bem, primeiro preciso entender que a minha vida é uma consequência natural de minhas ações e escolhas. Preciso entender que o que vivo é um reflexo de meus pensamentos e desejos. Se não compreender e aceitar isso, não conseguirei aplicar em mim a regeneração que tanto almejo.

Colocando isso como uma verdade aceitável, começamos a entender por que muitas experiências não tiveram o resultado que desejamos: um relacionamento abusivo; um emprego mercenário…

Ora, pensem comigo: comecei a me relacionar com uma pessoa que, desde cedo, já demonstrava a sua tendência a não me valorizar como profissional, companheira… Mas, tudo o que acontecia, eu relevava, acreditando que depois, esta pessoa mudaria, seja porque veria a minha competência (no trabalho), seja porque ela me amava (vida pessoal)!

Então, o tempo passa e tudo só piora. Seja no primeiro exemplo, seja no segundo, teimo ainda em continuar acreditando que a maturidade irá fazer o seu papel, e a pessoa mudará o seu ponto de vista. Porém, nada muda e ela continua sendo alguém que não me entende, não me valoriza, que tem atitudes que não me agradam!

Quem foi que resolveu sair com o seu barco sem verificar ou acreditar nas condições climáticas que já estavam visíveis? E mesmo observando as mudanças do mar e do tempo, continuou querendo seguir em frente, sem se afastar daquele temporal ou voltar para o porto que era o local mais seguro?

São nossas escolhas que nos levam a vivenciar experiências que tendem a se agravar com o tempo porque teimamos em continuar seguindo o fluxo, mesmo enxergando a tormenta que está se formando e não querendo acreditar que ela nos alcançará.

Mas existem casos que realmente não enxergamos o temporal se formando…

ENTÃO?

Vamos cogitar essa situação: saí do porto e o sol brilhava. Tomei todas as providências devidas, tinha todas as provisões e equipamentos náuticos que me dariam condições de vivenciar a minha experiência com toda a segurança e felicidade. Será que não estamos esquecendo de algo?

Quem não sabe que estar no mar, com ou sem colete salva-vidas, é não ter onde se agarrar se tiver de abandonar o barco? Quem não sabe que o oceano pode nos surpreender com tempestades súbitas e que, mesmo com muita experiência, teremos dificuldades para enfrentá-las?… Quem não sabe que conviver com o outro é estar à mercê de suas ações e escolhas e, portanto, ter a chance de ser muito feliz, mas também se decepcionar, se frustrar…?

Só de sairmos com o nosso barco do porto já é uma escolha arriscada, porque tudo que nos rodeia foge de nosso domínio. Mas se queremos viver uma vida sem nada arriscar, podemos tentar ficar em casa e acreditar que nada nos incomodará (o que é quase impossível).

Ao escolhermos sair com o nosso barco, estamos nos colocando ativos para enfrentar as tempestades, mas também para experenciar momentos de grandes alegrias e satisfações, porque estaremos vivendo. Imagina ver a lua em pleno alto mar? As estrelas a nos direcionar para o nosso destino? Chegarmos onde queremos depois de todo o nosso esforço pessoal?

Afirmar que não sabíamos das possíveis dificuldades a serem enfrentadas na vida, não nos exime de vivenciá-las, mas, ao desejarmos vivê-las, fazemos escolhas que nos colocarão frente a experiências também muito satisfatórias.

 

REGENERAÇÃO: UM ATO DE AMOR

Quando chegamos ao nosso destino, seja ele o primeiro de muitos, seja ele o último daquela viagem, estamos em pleno processo de regeneração. A cada porto que atracamos o nosso barco é somente uma constatação do quanto estamos nos esforçando para progredir e, portanto, nos regenerando e crescendo, nos regenerando e nos revivificando.

Todas às noites, ao irmos dormir, estamos nos dando a oportunidade de ancorarmos o nosso barco e enxergarmos que vencemos todas as etapas de nossa viagem até ali. Felizes, podemos nos dar um tempo para recarregarmos as nossas energias e planejarmos novos destinos. Ao acordarmos, um novo dia nos é dado para que deixemos o porto e exploremos todas as nossas potencialidades, enfrentando momentos que nos farão avaliar nossa capacidade e refletir sobre como ultrapassarmos cada nova experiência.

Assim, vivenciamos um processo inteligente e divino de regeneração íntima que nos leva a termos certeza de que estamos hoje mais hábeis para dirigir a nossa embarcação do que no dia anterior e, que, se enfrentamos temporais, também aproveitamos a bonança para sentir o amor de Deus a nos guiar pelas estrelas.

Por isso, não importa quais experiências estamos vivenciando, todas elas serão sentidas por nós segundo a forma que as interpretarmos porque, seja pela dor ou pelo amor, em todas as situações a nossa busca regeneranda é o nosso mais puro ato de amor.

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Adriana trabalha mediunicamente desde os 17 anos. Em 1998, após um convite da espiritualidade, participou da fundação da Fraternidade Cristã Bezerra de Menezes – FCBM, para que o grupo trabalhasse pela divulgação dos ensinos do Espírito Verdade e de Allan Kardec.

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