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Por que não consigo ser feliz sem essa pessoa?

Há alguns dias, uma amiga me ligou em estado de muito sofrimento. Não era a primeira vez que o motivo da ligação se repetia. Ela “descobriu” algo do que já suspeitava: o namorado a estava traindo.

Desta vez, ao invés de dar palavras de conforto e amparo, dei um ultimato: “Quer ficar refém de um relacionamento ilusório e abusivo para o resto da vida?”. Tirei uma foto do livro Apaixone-se por você, do autor Wanderley Oliveira, capítulo 46, e mandei para ela. Rezo para que tenha ajudado de alguma forma, mas na minha opinião, uma ajuda especializada vai fazer a maior diferença na vida dela.

Por isso me deu vontade de apresentar aqui, resumidamente, o conteúdo citado acima. Nos relacionamentos afetivos, nossas lutas são muito expressivas e é mais fácil dar conselhos assertivos para os outros do que acertar nossas atitudes em nossos próprios relacionamentos. Valos lá, então.

Na década de 1970, a psicóloga norte-americana Dorothy Tennov fez uma pesquisa com mais de quinhentas pessoas apaixonadas. Estudou a fundo o estado físico, espiritual e mental do grupo. Daí surgiu seu livro Amor e limerência: a experiência de estar apaixonado.

 

MAS O QUE É LIMERÊNCIA?

 

“Estado involuntário, interpessoal, que causa um desejo agudo de reciprocidade emocional; pensamentos, sentimentos e comportamentos obsessivos-compulsivos e de dependência emocional de outra pessoa.”

NOSSA! Estou chocada! Jamais poderia ligar o fato de estarmos apaixonados com:

  • Desejo agudo de reciprocidade;
  • Comportamentos obsessivos-compulsivos;
  • Dependência emocional de outra pessoa.
  • Será que ela está certa? LIMERÊNCIA é diferente de PAIXÃO?

Segundo ela, é diferente sim, pois na paixão, depois da fase avassaladora O AMOR PERMANECE. No caso da limerência, a paixão vai embora, mas o desejo de que o outro fique permanece, mesmo que não haja mais o amor.

 

POR QUE ISSO ACONTECE?

 

No limerente essa paixão nunca acaba e pode ainda aumentar com o tempo. A pessoa que é alvo desse “amor” toma conta do nosso pensamento e da nossa emoção, de maneira incontrolável.

 

CAUSAS DA LIMERÊNCIA

  • A carência afetiva;
  • O sentimento de solidão;
  • A idealização: a representação mental que fazemos do outro faz com que se torne essencial;
  • O outros passam a ser até mais importante que nós mesmos;
  • Passamos a considerá-lo o ideal, insubstituível;
  • Nos apaixonamos pela imagem que fazemos do outro, de forma brutal.


O QUE MAIS DESEJA UMA PESSOA LIMERENTE

 

  • Obter qualquer nível de reciprocidade;
  • Ter o sentimento correspondido;
  • Receber migalhas afetivas, servem muito bem a ela;
  • Desfrutar de atenção, carinho e mimos constantes.

 

QUAL O MAIOR DANO?

 

A pessoa se coloca sempre em segundo plano e arruína sua estima pessoal. Enfim, limerência é sinônimo de exagero e desequilíbrio.

Frases típicas e repetitivas de um limerente:

  • “Você me ama de verdade?”;
  • “O que eu tenho de fazer para você me amar?”;
  • “Estou completamente apaixonado!”;
  • “Não sei por que tenho de dizer isso: mas estou te amando!”;
  • “Sou capaz de deixar tudo só pra ficar com você!”;
  • “Faço tudo para ter alguma chance com você!”.


AS 10 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA LIMERÊNCIA:

  • Surgir no contexto social do outro de forma brusca e involuntária;
  • Ter pensamentos incontroláveis e invasivos sobre a pessoa amada;
  • Alimentar a idealização de como o outro é, de maneira positiva ou negativa;
  •  Ser extremamente inibido e em confusão emocional diante da outra pessoa;
  • Apresentar sintomas físicos como pulsação rápida, suor, rubor facial e tremores, entre outros na presença da pessoa “amada”;
  • Viver com medo de ser rejeitado, o que o deixa desespero e com pensamentos suicidas, caso isso aconteça;
  • Sentir uma euforia exagerada se a outra pessoa demonstra interesse;
  • Fantasiar constantemente encontros com quem se ama;
  • Pensar na pessoa a todo momento e em todas as atividades.
  • Alterar seus horários para forçar encontros com o outro;
  • Reproduzir na mente os encontros que teve com o outro, repetidamente.


O autor Wanderley Oliveira apresenta duas importantes considerações:

  • Há quem considere a limerência como uma doença, um transtorno obsessivo-compulsivo. Nem todos os casos caminham para a doença, mas devemos evitar essa precoce “patologização” dos padrões de conduta.
  • Melhor conhecer o caso e acolher a ideia de que, a rigor, e sem generalizações, limerência é algo que indica necessidade de ajuda e tem solução. Ele sugere um tratamento cuidadoso, que poderá trazer ótimos resultados.
  • Eu penso que, à luz da vida imortal, estamos saindo da infância espiritual na Terra e, como espíritos “adolescentes” que somos, estaremos em busca da nossa maturidade emocional durante a fase “juvenil” de nossos espíritos. Nas experiências construídas ao longo do caminho, alcançaremos a base para a maturidade e o equilíbrio emocional: o resgate do autoamor.
  • Mas em se tratando de uma diretriz essencial para nossos relacionamentos, e sabendo das limitações que possuímos, ficamos com uma das diretrizes de Jesus:
  • “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;”. Mateus 6:22

Maria José

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Maria José iniciou o trabalho da Editora Dufaux, em sua casa, na Rua Professor Baroni, no bairro Gutierrez, que se tornou a primeira sede da Dufaux. Em Para tanto, ela “confiscou” o único computador e o telefone fixo da família, dando início aos trabalhos.

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