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Paralisia

Paralisia

“Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados.”

Atos 8:7[1]

 

O espírito tem no corpo físico precioso instrumento para seu crescimento e ao mesmo tempo uma oportunidade para colaborar com Deus no auxílio da vida. Para ser uma pessoa do bem não precisa aguardar a perfeição absoluta. Enquanto não a alcançamos, façamos o bem que podemos.

Nesses tempos de transição planetária, ao mesmo tempo que buscamos ajudar, somos ajudados diante da lei de causa e efeito que opera em nós, apresentando a colheita obrigatória da semeadura espiritual do passado. Mas isso não pode ser a causa de uma paralisia física, psíquica e emocional perante as necessidades ao próximo.

As limitações que a dor e o sofrimento trazem para cada um de nós são experiências para a sublimação da nossa alma, que serão dinamizados pelo bem que pudermos realizar, independente da crença religiosa, uma vez que o bem está mais vinculado à ética moral do que à crenças.

Para isso, precisamos entender que nessas circunstâncias desafiadoras, devemos nos afastar das queixas e da revolta, buscando a compreensão e a aceitação dos desígnios da Vida.

Vivenciar as lições pelas quais vamos traçar novos rumos para nossa existência, independente das dificuldades que passarmos, vamos desenvolvendo a compreensão e a sensibilidade diante dos problemas dos outros. Este é um posicionamento necessário para nos encaixarmos bem no período de regeneração da Terra, que se inicia desde já.

Viver dentro a fraternidade universal, que é uma das leis que regem o Universo, é sair da nossa paralisia espiritual para nos reintegrar à dinâmica que tudo rege.

As deficiências e as limitações que ainda apresentamos têm como matriz a paralisia moral do passado.

“Devemos focar a nossa cuidadosa atenção, para não nos colocarmos na posição dos paralíticos descritos no Evangelho do Cristo, que apresentavam o ódio que traz a paralisia diante do amor, do orgulho que bloqueia a humildade, do ciúme que envenena a confiança nas relações, da inveja que bloqueia os potenciais de progresso.”

São inúmeras as deficiências morais que precisam ser transmutadas em nosso íntimo para não serem jogadas nas deficiências físicas.

Ajudemos todos que cruzam os nossos passos, pois não adianta nos esforçarmos somente para domar nossas más inclinações. O bem que realizamos, independente delas, é o que faz a diferença.

Fiquemos atentos às tendências morais para não estar entre os que chegam à vida maior mutilados de valores nobres e constrangidos pela lei de retorno, a voltar como doentes que trazem em si a difícil possibilidade de cura.

A misericórdia é uma dinâmica da Vida, que renova para nós as infinitas possibilidades de construir uma nova história de conquistas e sublimação do nosso espírito. Se não fosse assim, onde estaria a justiça?

“A vida é movimento e quando entramos nessa dinâmica na companhia de Jesus, realizando o bem possível, estruturaremos o corpo espiritual pleno de saúde, a refletir a túnica celestial no casamento íntimo com a verdade maior.”

A jornada é longa, mas temos tempo – a eternidade. O desafio é grande, mas podemos superá-lo – somos filhos de Deus. As paralisias cultivadas ao longo das existências são muitas, mas temos a ferramenta necessária para corrigi-las – o autoperdão. E quando tudo parecer difícil, busquemos a principal orientação de Jesus – autoamor, amor ao próximo e a Deus sobre todas as coisas.

 

REFLEXÃO:

Identifique os sentimentos e valores que paralisam sua vida e ultrapasse os limites que você construiu.

 

[1] Este texto aborda as questões apresentadas no livro de espiritismo Regeneração, em harmonia com o Pai, capítulo 10.

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Maria José iniciou o trabalho da Editora Dufaux, em sua casa, na Rua Professor Baroni, no bairro Gutierrez, que se tornou a primeira sede da Dufaux. Em Para tanto, ela “confiscou” o único computador e o telefone fixo da família, dando início aos trabalhos.

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