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Relações de parceria: um novo olhar para o líder espírita

Todas as expressões do pensamento humano se alteram de tempos em tempos atendendo às necessidades das sociedades. Posturas e ideias que eram muito úteis e apropriadas aos costumes do século XX já não são tão convenientes ou até mesmo são rejeitadas pelas gerações mais jovens.

Nesse contexto de mudanças rápidas o papel de liderança cada dia mais cede lugar a uma nova forma de conduta na esfera da hierarquia e coordenação de grupos.

Foi-se o tempo em que idade, tempo de experiência e cargos eram sinônimos de capacidade de liderar. Novos critérios nas relações humanas gestaram um novo perfil de liderança, definido pelo líder que conquista a adesão espontânea do seu grupo em função de uma postura marcadamente digna da cumplicidade com novos hábitos e formas de pensar. Chamamos isso de relações de parceria.

Ermance Dufaux, em seu livro de espiritismo “Diferenças não são Defeitos”, da Editora Dufaux, no capítulo “Líderes conscientes e educativos”, lista uma série de reflexões oportunas a respeito de como construir uma parceria nas relações de liderança:

 

• Conhecer melhor as ideias alheias – apreciá-las sem julgamento.

• Evitar agir com precipitação – fugir do ciclo de reações intempestivas.

• Habituar-se a ser questionado sobre suas ideias sem se defender e se irritar.

• Diluir os papéis dos cargos e manter proximidade humana – relações afetuosas formam o clima para a confiança.

• Medir constantemente a temperatura psíquica – a agitação mental é a febre da preocupação e sintoma de apego e interesse pessoal.

• Traçar planos em grupo.

• Expor seus sentimentos sem medo de perder sua autoridade.

• Todo líder tem muito a dizer. Um excelente exercício: ser o último a falar.

• Assumir seus melindres para não cair na insensibilização – o movimento está repleto de corações indiferentes que se julgam fortes e experientes.

• Colabore na edificação, ao invés de apenas mandar fazer.

 

Os líderes parceiros, antenados com o comportamento da era de regeneração, são qualificados por alguns traços morais que se afinizam com as propostas de Jesus na edificação de ambientes mais saudáveis e educativos. Vou enumerar alguns desses traços de conduta que considero fundamentais:

 

• Sabem destacar os aspectos luminosos de todos.

• Incentivam sempre os esforços alheios por menor que sejam.

• Empenham-se por desenvolver uma enorme capacidade de perdão.

• Assumem seus erros ou equívocos sem melindres.

• Falam de ideias e não de pessoas.

• Adoram compartilhar informações.

• Cultivam a conduta de alegria.

• Amam aprender.

• Acolhem com naturalidade as mudanças.

• São apaixonados pela atitude de servir.

• Sentem-se como colaboradores em seus grupos e não a pessoa mais importante.

 

O líder espírita na atualidade está sendo convocado a pensar neste tema. Os modelos que serviram há 20 ou 30 anos podem merecer o respeito da nossa comunidade, entretanto não se ajustam às necessidades da atualidade inspiradas na cooperação e na promoção humana.

Observa-se claramente em nossa comunidade espírita um desejo de atualização dos líderes. Isso seria muito bom a não ser por um ponto fundamental: infelizmente, tem havido uma conexão muito mal orientada para o uso de tecnologias modernas como sinônimo de atualização, sem mudança dos comportamentos nas relações humanas. O fato de fazer uso de meios de comunicação não significa que o homem está interagindo. É preciso relacionar-se, antes de tudo.

Tecnologia não supre a força da relação entre pessoas.

A sociedade está precisando de despertamento espiritual, lucidez emocional e uma visão de imortalidade contextualizada, que auxilie ao ser humano a renovar-se nos ambientes de suas vivências diárias. Líderes que não desenvolvam essas qualidades poderão ter um enorme poder de influência, mas certamente deixam de cumprir com seu papel de educadores de comunidades.

O líder antenado com o século XXI está focado em legitimar seus sentimentos e não em manter uma imagem de uma pessoa repleta de autoridade e com grandes virtudes. Ele sabe como se apequenar sem perder suas reais qualidades, é mais humano, mais afetivo, mais participativo e mais espontâneo. Tais traços lhe permitem expressar-se com o magnetismo da autenticidade e essa energia convence e arrasta multidões.

Tal autenticidade forma um campo energético poderoso e influenciador. É uma energia que tem uma química com os espíritos que estão renascendo no planeta e atende com mais propriedade a natureza das aspirações humanas nos dias atuais.

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Maria José iniciou o trabalho da Editora Dufaux, em sua casa, na Rua Professor Baroni, no bairro Gutierrez, que se tornou a primeira sede da Dufaux. Em Para tanto, ela “confiscou” o único computador e o telefone fixo da família, dando início aos trabalhos.

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